Veja se reconhece alguns itens da lista a seguir:

• Começar o curso de língua estrangeira …
• Acordar mais cedo todos os dias …
• Fazer um curso para ajudar no trabalho …
• Repensar minha alimentação …
• Passear mais com a família …
• Cuidar do seu espírito …
• Melhorar seu condicionamento físico …
• Tirar mais tempo para descansar …

Vou parar por aqui, mas podia continuar, a lista é grande.

Essa é uma lista (incompleta) de algumas das coisas que algum dia você vai fazer. E por acaso você sabe que dia é algum dia? É logo depois de 31 de dezembro e antes de 1 de Janeiro.

Chame de 32 de Dezembro ou como é mais conhecido NUNCA. Talvez NUNCA seja um pouco radical, mas nem tanto!

Agora há uma coisa em comum com todas essas coisas que você pretende um dia fazer, a INAÇÃO. 

A notícia ruim é que alguns de nós sobrevivem para se lamentar.

Se não fosse a inação, se simplesmente começássemos, projetos sairiam do papel, nossas vidas mudariam,  seus objetivos seriam mais bem sucedidos. O que você imaginou se tornaria uma realidade.

Mas tomar uma atitude é difícil. 

Já parou para pensar porque é tão difícil? Porque passamos tanto tempo pensando em fazer e tão pouco tempo fazendo?

Pessoas como: Jim Carrey – O Máscara, Halle Berry – John Wick 3, Jennifer Lopez – O casamento dos meus sonhos, Charles Chaplin – Tempos modernos, Hilary Swank – I am mother (Netflix) e Daniel Craig – 007, tiveram momento de dificuldade na vida, mas atribuem um parte significativa de seu sucesso hoje a terem tomado um atitude no passado.

Isso se repete nas ciências, na literatura, na engenharia, na medicina, e quanto mais casos de sucesso você analisar, mais vai perceber que existe uma correlação surpreendentemente alta entre a capacidade de agir e o eventual sucesso. 

A relação entre ação e sucesso é tão grande que torna a inação quase um crime contra nosso futuro.

Mas se ter sucesso na vida é uma questão de “fazer o que tem que ser feito, aprender a acertar mais e errar menos, e crescer” então porque tantas vezes sentimos preguiça, insegurança e acabam procrastinando?

Perguntas, perguntas, perguntas!

Vamos, juntos, tentar achar algumas respostas …

 

RESPOSTAS ERRADAS!

 

Mas antes de tentarmos descobrir o que realmente estar no caminho de tomarmos uma ação, precisamos descartar alguns mitos que podem nos fazer PARAR, antes mesmo de começarmos. 

 

Há três coisas que muitas pessoas usam como desculpa para sequer tentar.

 

INTELIGÊNCIA

“Eu não sou inteligente o suficiente”

 

É claro que inteligência pode ajudar em sua capacidade de agir. De tirar do papel suas ideias e transformá-las em realidade. Mas não necessariamente.

 

Já ouviu falar de William James Sidis. Ele está entre os maiores QIs (Quociente de Inteligência) da história entre 250-300. O que isso significa? Albert Einstein tinha um QI entre 150-160. Logo William James Sidis era quase 2 vezes mais inteligente que Einstein. 

 

E ainda assim você nunca ouviu falar dele certo?

 

Após uma gangue de alunos de Harvard ter ameaçado agredi-lo, seus pais arranjaram-lhe um emprego no Instituto Rice (hoje Universidade Rice) em Houston, Texas, como professor assistente de matemática. William iniciou o trabalho em Rice em Dezembro de 1915, aos 17 anos, em busca de um doutorado.

 

Ele chegou a ensinar na faculdade, mas após menos de um ano Sidis deixou o trabalho e retornou à região da Nova Inglaterra onde nasceu. Ele nunca conseguiu seu doutorado e abandonou a Escola de Direito de Harvard que havia iniciado. 

 

E é por isso que você nunca ouviu falar de William James Sidis, ele tinha inteligência, mas não usou a inteligência dele para nada.

 

Inteligência, portanto, não é sinônimo de Ação!

 

ASPIRAÇÕES

“Não é isso que eu quero”

 

Se você conhece alguém que quer ser executivo de uma multinacional, e quer viajar todos os anos para o exterior. Então é fácil entender porque ele tem urgência para aprender inglês. As aspirações dele determinam o quanto de ação ele tem que ter para chegar lá.

 

E claro, se você não tem as mesmas aspirações dessa pessoa, sua motivação para agia podem ser comprometidas.

 

Isso talvez explique porque você deixa para depois estudar inglês, mas isso não explica porque você deixa para depois fazer o seminário de sua disciplina na faculdade que você vai ter que fazer de qualquer forma.

 

As aspirações podem explicar porque você deixa algo que não importa para depois, mas não funcionam para explicar o porque você não toma uma ação agora com aquilo que importa.

 

Aspiração, portanto, não é sinônimo de Ação!

 

MOTIVAÇÃO

“Se for importante para mim eu faço”

 

Quanto maior sua dificuldade em uma determinada área maior deveria ser sua motivação em tomar uma atitude para mudar essa situação, não? 

 

Se você está para receber uma reprovação numa determinada disciplina e sua apresentação pode evitar sua reprovação, então sua motivação deveria estar alta para dedicar o tempo necessário para fazer uma apresentação que salve essa disciplina, não é?

 

Inclusive sua motivação devia ser ainda maior do que aquela pessoa que já tem nota suficiente para passar mesmo sem a apresentação.

 

Mas quantas vezes é justamente o contrário que acontece, quem mais precisa é quem menos se mexe.

 

Logo se definirmos motivação como “ter uma boa razão para agir”, motivação não é a resposta de nosso problema.

 

Motivação, portanto, não é sinônimo de Ação!

 

Agora, que tiramos esses obstáculos do caminho podemos olhar com mais clareza para nossas alternativas no que diz respeito ao que é necessário para colocar nossos planos em ação.

 

RAZÕES PARA NÃO COMEÇAR

 

Agora vamos ver algumas coisas que realmente podem estar entre você e a realização de seus objetivos. Você precisa identificar se alguma delas está por trás das metas que você não concretizou em sua vida. 

 

#1 | O PASSADO CONDENA

A sua motivação de atingir uma meta depende de duas coisas: 

 

1. O que você espera conseguir ao atingir sua meta (sua recompensa);

2. A probabilidade de você realmente conseguir atingir essa meta.

 

Para ficar mais claro, digamos que você quer bater o recorde masculino da São Silvestre que foi estabelecido em 42 minutos e 59 segundos pelo queniano Kibiwott Kandie. Digamos ainda que você comece a treinar amanhã (pela primeira vez na vida).

 

Nessa situação sua motivação é baixa, porque apesar da recompensa ser enorme (bater um recorde mundial), a probabilidade de você ganhar de um queniano treinando apenas um ano e começando do zero é baixíssima (só para não dizer zeroooooooo). E com o passar dos dias isso vai ficar cada vez mais claro e você vai simplesmente desanimar.

 

Perceba portanto que são suas escolhas que vão definir seu nível de motivação. 

 

Uma coisa é almejar o impossível, outra coisa é almejar o desafiador. 

 

São coisas diferentes. 

 

Se você tem o hábito de almejar o impossível e frequentemente começa e desiste, seu passado pode ser seu maior inimigo.

 

Assim, suas realizações passadas podem influenciar suas expectativas futuras, e desencadear um desejo de nem começar.

 

Portanto, uma estratégia vencedora é iniciar projetos com chances reais de conclusão.

 

Se seus projetos tendem a falhar, suas expectativas são baixas e a motivação murcha. Se seus projetos tendem a ter sucesso, suas expectativas aumentam e a motivação permanece forte.

 

Será esse seu caso, ou será que sofre do …

 

#2 | ME ENGANA QUE EU GOSTO

Você já considerou a possibilidade de que muitos do seus sonhos, que você não consegue realizar, são sonhos que você na realidade não queria realizar?

 

Parece estranho pensar assim, não é?

 

Muitas vezes não conseguimos agir, porque as partes inconscientes de nossa mente, que orientam nosso comportamento, decidiram não agir.

 

E isso acontece porque muitas vezes, não fazer nada é socialmente inaceitável. E por causa disso nós apenas fingimos estar fazendo alguma coisa, para mostrar para as outras pessoas que nos importamos, mesmo quando não nos importamos nem um pouco. Na realidade pode até ser que nós não sabemos que estamos fingindo. 

 

É algo como aquela música, Me engana que eu gosto:

 

 

Nestes casos começa a ficar claro porque você demora tanto para começar a fazer sua parte do relatório da empresa. A ponto de deixar para última hora. É porque você não quer fazer, mas não pode deixar isso claro para todo mundo senão vai fechar o tempo para seu lado. Você finge e finge tanto que acaba se enganando.

 

Porque essa é a maneira mais fácil de mentir, acreditar que você está dizendo a verdade; assim, você pode até se convencer de que deseja perseguir uma meta quando na realidade não há compromisso com ela.

 

#3 | NEM TUDO É O QUE PARECE

Existem duas formas que podemos encarar um mesmo objetivo:

 

1. uma visão abstrata (fantasia)

2. uma visão concreta (realidade)

 

E o problema é que muitas vezes essas visões são contraditórias. O que você imaginou que seria é diferente na prática.

 

Ou dizendo de outra forma, as aparências enganam:

 

 

Uma coisa é o plano de perder peso, aumentar os músculos, ganhar velocidade e resistência.

 

Outra coisa é a realidade de imaginar como pode haver tanto líquido no seu corpo para você suar tanto, e querer ir para o hospital depois de 15 minutos de esteira no seu primeiro dia de academia.

 

Muitos dos projetos que iniciamos (mas não terminamos) sofre do choque entre o que você imaginou que seria e o que acabou sendo.

 

Planejar é pensar em detalhes o que tem que ser feito para atingir um objetivo, sonhar é pensar superficialmente sobre o mesmo assunto.

 

Planeje mais e sonhe com o objetivo em mente. 

 

A pessoa que sonha com o objetivo de executar um plano,  é diferente da pessoa que executa o sonho. Escolha o quanto antes qual delas você quer ser.

 

O QUE FAZER PARA AGIR MAIS?

Esse é um assunto curioso, é fácil dizer faça o difícil é fazer

 

E é fácil pensar que quem tem mais força de vontade sai na frente nessa corrida, mas nossas mentes são mais complicadas complicadas do que isso, há muitos mecanismos funcionando ao mesmo tempo como vimos, tanto consciente como inconscientemente.

 

No entanto, informação é o caminho para a ação.

 

Logo, não caia nos três mitos que alimentação a inação:

 

1. Inteligência não é um problema.

2. Aspiração não é um problema.

3. Motivação não é um problema.

 

E procure entender se você é vítima de alguns desses modelos mentais:

 

#1 O Passado condena

#2 Me engana que eu gosto

#3 Nem tudo é o que parece

 

Compartilhe suas experiências aqui. Nossa comunidade é uma fonte de lições importantes para caminharmos mais rapidamente nessa jornada entre aqui e nosso futuro.